quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Observações em 13 de Setembro

No sábado, dia 13/09/2008, o nosso grupo realizou mais uma noite de observações. Desta vez foi no clube Itapagipe. Estamos planejando transformá-lo, provisoriamente, no nosso local oficial para os nossos encontros e este foi o encontro inaugural. Os membros Rogério, Ricardo e Miguel se fizeram presentes. Por motivo de força maior, não pude estar presente. Mas, Miguel ficou com a incumbência de fazer o relatório completo. Segue a sua narrativa:

"Rogério chegou por volta das 18:00" nos conta ele, "ótimo horário, pois Vênus, Mercúrio e Marte ainda estavam no céu. Começamos a nos instalar no clube e apontar para o firmamento, eu, claro, muito admirado com o 200 mm de Rogério estava louco para dar uma olhadinha.IMG_0813 copy_crop_reduzida

"Primeiro apontamos para Vênus, coisa rápida, depois começamos a olhar algumas estrelas, mas a lua não estava de brincadeira então, fomos atrás de alguns aglomerados, ele me mostrou M7, e como ainda estava cedo apontei para a caixinha de jóias, apontei para M6 (aglomerado da borboleta) e me encantei com sua forma, acreditem ele tem uma forma de borboleta mesmo que Rogério diga o contrário .

"Rogério olhava para o céu onde aparentemente não tinha nada e encontrava duplas, aglomerados, nebulosas e com isso pude observar belas dublas que não lembro o nome. Observamos também a nebulosa do anel e tivemos a visita inesperada da ISS só confirmamos com o telefonema de Ricardo avisando que ela estava de passagem por nós. Pouco tempo depois Ricardo chegou trazendo consigo o telescópio e a maquina fotográfica.

"Apontamos para Júpiter e os galileanos estavam todos perfeIMG_0805 copy_crop_reduzidaitamente alinhados, Ricardo tentava fotografar para me mostrar como era difícil enquanto Rogério apontava para algumas duplas.

"Cegamos-nos olhando para a Lua mesmo com filtro e vimos seus detalhes mais importantes.

"Assim chegamos ao final das observações que para mim foi uma aula com os professores Rogério e Ricardo.

"Não farei conclusão pois foi minha primeira observação em grupo mas, deixo que Ricardo ou Rogério façam por mim essa conclusão."

Enquanto eu passava raiva explicando para uns "malucos" que não sou astrólogo e que astrologia não é Astronomia os meninos faziam a maior festa! Seguem-se alguns comentários de Ricardo e Rogério:

"Não sou muito bom de fazer relatórios" disse Ricardo num e-mail enviado para alista. "E, quanto as duplas" prosseguiu ele, "o especialista é Rogério, mas lembro que observamos Albireo e Epsilon Lyrae que foram as que mais me chamaram a atenção naquela noite".

Por sua vez Rogério resolveu dar o seu depoimento em resposta ao e-mail enviado por Ricardo:

"Foi mesmo Ricardo. Albireo é simplesmente linda, mais bonita que Pi Puppis, que também é um associação de vermelha com azul. A dupla-dupla de Lira foi a primeira vez que ví, assim como aquela de Cisne.... muito bom mesmo".

Embora Miguel houvesse dito que não faria conclusão... ele concluiu:

"Este com certeza foi primeiro passo de uma jornada nas estrelas em Salvador."

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Projeto “Como Vejo o Céu” na Xavante-Uefs

O Clube de Astronomia Amadora de Feira de Santana - CAAFS realizou no dia 23/08 (sábado) mais uma etapa do projeto “Como Vejo o Céu”.

O Projeto “Como Vejo o Céu” é uma iniciativa do Clube de Astronomia Amadora de Feira de Santana, que tem por objetivo divulgar as ciências astronômicas através de observações celestes com telescópios sempre orientada por membros mais experientes do clube, ou com projeção do céu artificial no planetário do Observatório Astronômico Antares-uefs o qual é um parceiro do CAAFS.

Desta vez os astrônomos amadores que fazem parte do CAAFS apontaram seus telescópios para o céu da chácara Xavante pertencente a UEFS localizada na rodovia que liga Feira de Santana a São Gonçalo dos Campos.

Nosso grupo chegou á chácara por volta das 18:00hs preocupado com as condições climáticas que não permitiam a princípio fazer observação.

Foi feito o reconhecimento do local e pode-se perceber que as condições de observação não seria tão propícia mesmo assim escolhemos um ponto no céu e esperamos as nuvens que ameaçavam chuva sair .

Por volta das 19:00hs o lado sul celeste ficou limpo e pudemos contemplar os objetos celeste que apareciam naquela região.

Este projeto é de fundamental importância para os astrônomos amadores, principalmente para aqueles menos experientes, pois se trata de uma atividade prática com ricos detalhes dos astros observados. Veja as imagens:

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Momento de descontração e da partida

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Chegada no local: hora de arrumar os aparelho e o lanchinho

Hora do Trabalho

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Difícil é entender o que eles estão discutindo na hora da observação da Coroa Austral

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E agora o que eles estão querendo????

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Preparação para o retorno

OBS.: Gentilmente cedido pelo Professor Zé Carlos do CAAFS

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Uma noite de observações

Marcado com uma semana de antecedência o dia D finalmente chegara. O tempo não prometia muita coisa, mas mesmo assim estávamos preparados. Ricardo prometeu levar o seu Newtoniano de 180mm até a minha casa para que eu pudesse observar o céu com o seu telescópio. Mas havia uma condição - eu deveria desenhar um mapa, pois ele não conhecia o bairro em que moro. Quase todos os dias que antecederam aquela data de 29 de agosto de 2008, ele me cobrava o tal mapa e eu continuava procrastinando. Afinal, eu já havia dito várias vezes que não sou bom com mapas, mas ele continuava a insistir. Por fim, resolvi por os neurônios para funcionar. Resultado - desenhei o mapa perfeito. Não tinha como não errar!

Entrando numa rua errada aqui e outra ali, por causa do meu mapa; telefonando um minuto sim e outro também, Ricardo finalmente conseguiu chegar. Logo após estacionar o seu "Astromóvel" e reclamar muito devido ao mapa, pegamos todo o seu equipamento e levamos lá pra cima, para o local de observações. Assim que Ricardo subiu percebeu que a luz de um poste, que antes não existia ali, poderia nos atrapalhar. Com isso, a seção de reclamações recomeçou! Revoltado, ele até mesmo me acusou de ter feito propaganda enganosa sobre o local! Mas é isso mesmo. Um bom Astrônomo deve ser paciente. Afinal, o que eu poderia ter feito? Se eu desse vazão à ira poderia ter usado a base do seu telescópio de outra maneira - contra ele mesmo, e ele poderia ter uma tremenda dor de cabeça, e as observações iriam para o espaço!

O INÍCIO DA OBSERVAÇÃO

Após montar o telescópio, uma das primeiras coisas que notamos foi uma certa nebulom7asidade que estava ofuscando as estrelas menos brilhantes. Mas mesmo assim começamos a procurar a constelação de Lyra. Este era o objeto que estava no topo da nossa lista. Mas a tal nebulosidade estava dificultando a sua localização. Como se não bastasse, apareceu uma nuvem naquela direção. Daí resolvemos apontar o telescópio para Escorpião. Ricardo resolveu focalizar M7. Não há quem não fique maravilhado com a beleza deste aglomerado!

Messier 7 (M7) ou NGC 6475 é um aglomerado aberto de estrelas, isto é, um agrupamento de algumas dezenas de estrelas organizadas assimetricamente, próximas ao plano galáctico. Consiste de aproximadamente 80 estrelas de magnitude maior que 10 e tem idade estimada em torno de 220 milhões de anos.

Em seguiredspotda apontamos o telescópio para Júpter. Ele é o quinto planeta a partir do Sol e o maior de todos. Júpiter tem duas vezes mais massa que todos os outros planetas juntos (318 vezes a massa da Terra). Ficamos por um tempo observando Júpiter com sua GMV (Grande Mancha Vermelha). Júpiter é o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, Lua e Vênus. É impressionante a beleza deste planeta! Confesso que Júpter é um dos meus planetas favoritos.

DE VOLTA À LYRA

Apontamos novamente o telescópio para Lyra. A nuvem já havia 445px-Lyra_constellation_mapsaído, mas aquela atormentadora nebulosidade ainda persistia! Realmente, estávamos com dificuldades. A nebulosidade atrapalhou tanto que até Vega parecia apresentar uma magnitude bem menor, como se ela estivesse se disfarçando em outra estrela! Por algum tempo chegamos até mesmo a duvidar se aquela era realmente Vega! Desci até meu "escritório" e abri o Starry Night para tirar aquela dúvida que tanto persistia. Como a nebulosidade estava camuflando muitas estrelas, fazendo com que algumas constelações perdessem sua forma, tracei as coordenadas exatas de Vega tomando Júpiter como referencial. De acordo com o Starry Night Vega estava numa separação angular de 62° de Júpiter e 26° acima da linha do horizonte. Quando subi e medi os graus no céu, percebi que as coordenadas estavam coincidindo. Sim, estávamos realmente observando Vega, na Lyra. 587px-M57_The_Ring_Nebula

A esta altura talvez você esteja se perguntando: "Mas por que esta obsessão por esta constelação?" Acontece que Lyra abriga uma das mais belas nebulosas - a do Anel! Esta nebulosa, também conhecida por M57 ou NGC 6720, fica a 2.300 anos-luz da Terra. Está entre os mais notáveis exemplos de nebulosa planetária. Esse nome - Nebulosa do Anel - se deve ao fato de seus gases realmente parecerem com um anel.

MANEIRA INUSITADA DE SE FOCALIZAR UM AGLOMERADO

Visto que estávamos investindo muito tempo tentando focalizar a M57, DSC00582reduzida resolvemos nos concentrar em outros objetos, enquanto esperávamos a nebulosidade desaparecer. Peguei meus binóculos e comecei a vasculhar o céu. Enquanto eu observava Sagitário e a Coroa Austral e Ricardo observava só Deus sabe o quê, ele percebeu que não estava conseguindo localizar os objetos corretamente. Tentando desesperadamente descobrir o que estava acontecendo ele percebeu que a objetiva da sua buscadora estava suja! Problema resolvido, recomeçamos as observações com o telescópio. Visto que Lyra ainda estava camuflada na nebulosidade voltei a observar M7 enquanto Ricardo, por sua vez, vasculhava os céus com os meus binóculos. Neste ínterim o celular tocou. Levei um baita susto! Afinal, eu estava por demais concentrado na M7. O autor do susto foi Rogério. Ele estava ligando para avisar que não viria mais, pois o plantão foi muito duro. Ele havia realizado duas cirurgias e terminou tarde. Ele realmente estava com muita vontade de vir, mas ele não poderia realizar as cirurgias às pressas! Imagine se ele fizesse isso e esquecesse algum bisturi, canivete, facão, serrote ou outra ferramenta qualquer dentro do paciente! Meu Deus! Dá um frio na espinha só de pensar!

Após assegurar-lhe que lamentávamos a sua ausência, ele prometeu comparecer na próxima. Passei o celular para Ricardo. Enquanto ele conversava com Rogério falando sobrm6e as nossas dificuldades e o que estávamos fazendo para contornar a situação, voltei para o telescópio e quando dei uma olhada pela ocular percebi algo estranho. Pensei: "Essa não é a M7!" Quando me detive por mais alguns segundo observando, percebi que, na realidade, estava olhando para M6! Isso mesmo! No momento do susto, minha mão bateu no telescópio e o mesmo passou a focalizar este aglomerado!

Assim como M7, Messier 6 ou NGC 6405 é um aglomerado aberto de estrelas organizadas de maneira assimétrica, cuja idade estimada é em torno de 100 milhões de anos. M6 é também conhecido como o Aglomerado da Borboleta, uma vez que o arranjo das estrelas sugere uma borboleta de asas abertas.

'O CÉU NÃO ESTAVA PRA PEIXE!'

A vontade de observar a Nebulosa do Anel ainda persistia. Resolvemos fazer a última tentativa da noite. Observamos atentamente; medimos os graus; analisamos outras possibilidades, mas não tinha jeito mesmo. Decidi deixar Lyra e M57 para outra oportunidade. Ricardo resolveu fazer o mesmo. Mas, inconformado, ele resolveu tirar a "prova dos nove". Ele tirou uma foto em longa exposição daquela área, para poder compará-la depois com a imagem fornecida pelo Starry Night. A imagem abaixo é a foto que ele tirou sobreposta na imagem tirada do Starry Night. E a que conclusão as suas investigações levaram? "Estávamos realmente apontando o telescópio para o lugar certo!", disse ele.

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Enquanto nos preparávamos para desmontar todo o equipamento, conversávamos sobre o que faríamos da próxima vez que fôssemos fazer nossas observações. Enquanto conversávamos surgiu o que parecia ser uma estrela de magnitIMG_0753_copy_cropreduzidaude tal que superava Vênus! Seria um novo planeta? Uma estrela? Segundos depois parecia mais uma estrela dupla. Mas não era nem uma coisa e nem outra. Aquilo não era nada mais que um avião! Resolvi brincar um pouco. Peguei o telescópio e apontei para o avião. Impressionante! À olho nu só víamos seus faróis, mas olhando pelo telescópio parecia que ele estava bem próximo de nós! Dava pra ver até mesmo as demais luzes de suas asas! Ricardo gostou da brincadeira e enquanto outros aviões passavam ele tentava focalizá-los!

Embora tivéssemos vontade de continuar, aquela nebulosidade não nos deixava em paz. Foi aí que eu pensei: "O céu não está pra peixe"! É realmente notável como uma nebulosidade pode atrapalhar! Ela conseguiu frustrar nosso plano de observar a Nebulosa do Anel. Mas, mesmo não conseguindo observar M57, aquelas horas que passamos observando os céus foi muito gratificante. Pelo menos aprendemos várias lições. Uma delas é se preparar melhor para tirar o máximo de proveito da observação. Cada minuto é precioso e a única maneira de aproveitar cada minuto gasto em observações é se preparar antecipadamente! Esperamos que todos os nosso planos para nos reunir dêem certo. Esperamos que o nosso grupo cresça e se fortaleça cada vez mais. Esperamos poder crescer juntos e esperamos poder fazer muitas outras observações e em muitos lugares diferentes para que juntos possamos continuar nesta Jornada nas Estrelas! - por Douglas Tude.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Que Tal Ter a Astronomia Como Hobby?

Embora sempre tivesse interesse em Astronomia, passei a me aprofundar mais nesta ciência, recentemente, em 2001. É um excelente hobby. É como o xadrez, pode ser tão simples ou tão complexo quanto queira. Só irá depender do quão longe você deseja ir. Para ter a Astronomia como hobby, você por certo não precisa ser graduado em física nem ser um crânio em matemática.

Assim como a maioria dos hobbies requer algum equipamento, não é diferente com a Astronomia. Sendo assim, qual o equipamento que você irá precisar para aderir a Astronomia como um hobby?

1 - Os olhos.

Este será o seu instrumento principal. De noite, quando você sai de aposentos iluminados de sua casa, seus olhos levam cerca de dez minutos para se adaptar ao escuro. Se mora na cidade, talvez note que a iluminação da rua ou das casas o atrapalha quando quer observar o céu. O que fazer nesse caso? Para obter bons resultados, fique fora do alcance de tais fontes de iluminação.

A condição mais propícia para observar os céus é uma noite escura, sem nuvens e sem luar. A claridade difusa da Lua ofusca muitas estrelas de brilho fraco. Quantas estrelas dá para ver a olho nu? Geralmente, entre 2.000 e 4.000. É mais difícil enxergar as estrelas que ficam mais perto do horizonte porque você olha através de uma camada mais grossa de atmosfera, o que diminui o brilho e causa distorção. Há quem fique surpreso de saber que relativamente poucas estrelas podem ser vistas a olho nu, já que, quando se olha para o alto, temos a impressão de ver milhões delas.

2 - Carta Celeste.

As cartas celeste trazem excelentes mapas dos céus, e podem ser encontradas facilmente na internet e muitas ainda familiarizam o amador com os termos usados na astronomia.

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Exemplo de uma carta celeste. Clique na imagem para ampli-a-la.

3 - Planisfério.

Outro instrumento que eu uso é o planisfério. Esta Carta Celeste tipo planisfério consiste num círculo com o mapa das estrelas. Possui várias janelas e pode ser girado e ajustado para a hora e a data desejadas. Assim, tenho condições de saber que estrelas são visíveis do meu ponto de observação em determinada hora e época do ano, na minha latitude.

Obs.: Ao comprar um planisfério, é preciso saber em que latitude se acha a sua cidade.

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Esta é a carta celeste que eu uso. Esta carta foi construida pelo astrônomo Orandio Anselmo Dourado, possui tamanho 26,3x26,3 cm, capa com sulcos, disco interno em azul escuro. Todo material é em Verniz Ultra Violeta que garante mais resistencia ao uso. Preso com botão de pressão, fornece suavidade ao girar o disco para posiconar para observações.

4- Programas de computador.

Existe um grande número de programas sobre Astronomia próprios para principiantes e também alguns mais avançados, que você poderá obter pela internet. Muitos são free e outros são pagos. Clique aqui e você encontrará uma lista de bons programas. O que eu uso é o Starry Night. Considerado pela maioria como um dos melhores programas para a Astronomia amadora. Ele é um planetário completo, com uma representação gráfica muito realista. Quando você configura-o, ele mostra a visão do céu em tempo real. Você também poderá ver o céu em qualquer época na corrente do tempo. Você poderá fazer uma viagem à Lua, ir pra Marte ou para qualquer planeta do sistema solar ou fora dele!

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Esta é uma imagem tirada do Starry Night Backyard. Aqui você observa a representação da Lua projetando a sua sombra na Terra.

5 - Binóculos

Os binóculos lhe proporcionam uma visão mais ampliada dos céus. Poderá ver belos grupos de estrelas que mais parecem jóias suspensas nos céus. Verá também pequenas nuvens, que na realidade são nebulosas, ou seja, nuvens de poeira e gás, que ficam a anos-luz no espaço. A faixa luminosa formada pela Via-Láctea é visível de qualquer ponto da Terra. Também, os binóculos são utilíssimos para vasculhar os céus quando procura ou observa cometas, que aparecem ocasionalmente no sistema solar. Binóculos

Exemplo de um binóculo usado em Astronomia.

6 - Telescópio

Se você passar a gostar realmente da Astronomia, adotá-la como um hobby, vai acabar comprando um telescópio. Existem três tipos de telescópio: o refletor, o refrator e o refletor-refrator.

Telescópio Konusmotor 70900EQ - Equatorial

Acima temos um exemplo de telescópio refrator. O modelo do exemplo é indicado para usuários: Nível 1/2/3 (iniciante/intermediário/avançado).

Abaixo, temos um exemplo de um telescópio refletor Newtoniano avançado. Possui uma distância focal (DF) de 1400mm e um espelho de 150mm de diâmetro. indicado para usuários avançados.

Telescópio Toya Startec 1501400EQ - Refletor Equatorial

Se você for audacioso poderá consultar livros sobre astronomia e sobre telescópios em bibliotecas públicas, ou até mesmo na internet, para montar o seu próprio telescópio. Montar um telescópio refletor é mais fácil do que pensa (pelo

menos para alguns!). Um livro de preço acessível sobre como montar um telescópio astronômico poderá ser de grande utilidade. Achará o projeto interessante.

A observação

Quando avistamos um ponto mais luminoso no céu, logo ficamos imaginando se é uma estrela ou um planeta. As estrelas são fontes de luz, ou seja, grandes usinas nucleares que lançam sinais eletromagnéticos no espaço. Acham-se a grande distância da Terra, sendo que a mais próxima, fora o Sol, fica a 4,3 anos-luz de distância. A luz viaja a uns 300.000 quilômetros por segundo. Visto que a luz das estrelas viaja tanto para chegar até nós, ela se torna fraca. Precisa ainda penetrar na crescente densidade da atmosfera da Terra, o que desvia os raios para diferentes direções. De um modo geral, se o que você estiver observando cintilar, ou piscar, é uma estrela.

Já os planetas, assim como a Lua, apenas refletem a luz do Sol. Acham-se relativamente perto de nós, sendo parte do nosso sistema solar. Assim, os planetas visíveis a olho nu refletem uma luz firme e estável, que não pisca. Uma outra dica para saber se o que você está observando um planeta e não uma estrela é quando, no decorrer da observação durante noites sucessivas, ele muda de lugar em relação às estrelas que ficam aparentemente fixas.

A Lua e os planetas

Naturalmente, achar a Lua é fácil. Quando está visível, ela domina o céu noturno. A lua cheia é realmente bonita, e, ao passo que a noite vai avançando até o dia amanhecer, ela parece viajar do leste para o oeste. Observando mais atentamente, tendo as estrelas como guia, vemos que a Lua está realmente viajando na mesma direção que nós, do oeste para o leste. Verifique isso por uma ou duas horas ou em duas noites consecutivas, notando a posição das estrelas fixas em relação à Lua. Visto que a Terra gira sobre o seu eixo mais rápido do que a Lua faz a sua órbita, a Lua vai ficando para trás.

Quando a lua está mais cheia, o astrônomo pode confrontar-se com o problema da luminosidade excessiva. Uma dica é observar a Lua do quarto ao sétimo dia, ou do vigésimo segundo ao vigésimo quarto dia, a contar da lua nova, visto que nesses períodos as sombras das montanhas e das beiradas das crateras ficam mais longas e mais nítidas, facilitando a sua observação. Isso vale também para as constelações, ou grupos de estrelas.

Eclíptica e o zodíaco

A eclíptica é a trajetória aparente do Sol na sua viagem anual, com as estrelas no fundo. A eclíptica intersecta o equador celestial por volta de 23,5 graus. O zodíaco, que significa “círculo dos animaizinhos”, é uma faixa imaginária de estrelas que segue a eclíptica estendendo-se por uns 8 graus em cada lado. O Sol, a Lua e os planetas visíveis a olho nu sempre estão dentro dos limites do zodíaco.

Os planetas

Mas como saber que planeta está observando? Mercúrio e Vênus sempre ficam ao oeste no céu noturno e ao leste de manhã, nunca a pino. O único páreo para Vênus é a Lua. Você provavelmente o conhece como Estrela D’alva. Os planetas do sistema solar que ficam mais distantes do que a Terra viajam do leste para o oeste. Marte, Júpiter, Saturno e Urano também são visíveis a olho nu. É preciso primeiro consultar os programas de computador para determinar a sua posição, visto que eles se escondem entre as estrelas.

Até Agosto de 2006, quando a União Astronômica Internacional (UAI) alterou a definição oficial do termo planeta, Plutão era considerado o nono planeta do Sistema Solar. Hoje é considerado um planeta anão, ou um planetóide, por ser muito pequeno.

Próximos do Sol encontram-se os quatro planetas rochosos, que são compostos de rochas e silicatos, são eles Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.

Planetas rochosos

Mercúrio Vênus Terra Marte

Depois da órbita de Marte encontram-se quatro planetas gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Mercúrio é o mais próximo do Sol, a uma distância de apenas 57,9 milhões de quilômetros, enquanto Netuno está a cerca de 4500 milhões de quilômetros. Sendo assim, os planetas do sistema solar são oito: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Todos os planetas receberam nomes de deuses e deusas da mitologia greco-romana.

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No alto à direita temos a Lua. Os corpos celestes que estão formando uma linha curva são os oito planetas do nosso sistema solar.

As estrelas

Algumas estrelas são de especial interesse para nós. Uma é a Sírius: ela é a mais brilhante. É também uma estrela dupla, ou seja, duas estrelas que giram em torno de um mesmo centro. A segunda estrela mais brilhante é a Canopus. Ela já serviu de ponto de referência para naves espaciais se orientarem no espaço e para voltarem as antenas em direção à Terra para facilitar a comunicação com a torre de comando.

Ajuda disponível

Você poderar receber ajuda valiosa se entrar para um grupo de Astronomia. Nestes grupos existem muitas pessoas que são apaixonados por esta ciência. Encontramos muitos profissionais e amadores que estão dispostos a dar as orientações necessárias para que você possa tirar o máximo de proveito deste hobby.

Embora exista diversos grupos do gênero, gostaria de destacar um em especial, o Jornada nas Estrelas - Astronomia em Salvador. Este grupo foi criado com o objetivo de formar um grupo de observações na capital baiana. Embora, por enquanto, este grupo seja pequeno, os que o itegram, são pessoas de diversas formações mas que tem em comum uma grande paixão pela Astronomia. Naturalmente, para que você possa fazer parte deste grupo, você precisa ter uma conta no Yahoo.

O Jornada nas Estrelas é um grupo orientado especialmente para a observação, onde você pode contar o que você observou, entregar relatórios de observação, tirar suas dúvidas e também partilhar, com os mais novos, o que você já aprendeu. Os requisitos essenciais para o Perdidos No Espaço é: respeito aos colegas e boa vontade.

Se você desejar entrar para o Jornada nas Estrelas clique aqui. Ou se desejar enviar um e-mail privado para o listowner, clique aqui. Tenha certeza que você será muito bem vindo!

Importante

1 - Nunca olhe para o Sol nem para as suas proximidades com o telescópio ou com o binóculo; você pode ficar cego.

2 - Não se precipite em gastar dinheiro com equipamentos, visto que você pode acabar perdendo o interesse.

Sim, se você realmente aderir a Astronomia com seu hobby, pode ter certeza que você jamais irá se arepender. A Astronomia é um hobby de fascinante aventura de constantes descobertas.